Existe uma data especial para reforçar a importância das águas. Estamos falando do Dia do Rio, celebrado em 24 de novembro, que ajuda a refletir e informar sobre a escassez da água e a necessidade de preservação e proteção dos rios, essenciais para a vida nos mais diferentes ecossistemas.
Parte da água que escoa das chuvas é retida pelas raízes da mata ciliar. Essa vegetação existente nas margens dos rios é constantemente ameaçada e precisa ser replantada, já que a mata ciliar, além de evitar o ressecamento do solo e a erosão, abriga grande diversidade de espécies da fauna e da flora no leito dos rios, córregos e ribeirões.
Para reforçar a importância disso tudo, a ONG Primo (Primatas da Montanha) promoveu um ato simbólico no córrego Tamanduá, em Nova Lima. No último final de semana, várias pessoas se uniram para limpar o córrego, em reverência ao Dia do Rio.
Virou lata de lixo!!!
Foram retirados objetos como tampa de privada, latas, plásticos, garrafas e até um sofá. “Todo o lixo foi reciclado pela ONG”, informou um dos integrantes da entidade, Ricardo Moebus.
Segundo integrantes da ONG, o curso d’água é constantemente ameaçado pela intensa atividade de mineradoras. Ao lado dos córregos dos Fechos e Capão da Serra, Tamanduá integra as microbacias que alimentam o ribeirão Macacos.
“Esta rede interligada contribui para a manutenção de uma das principais bacias hidrográficas do Brasil: a do Rio das Velhas.”
Contaminaçao das nascentes
Essas águas também abastecem cerca de 200 mil famílias que vivem na região Centro-Sul de Belo Horizonte. “Próximo às nascentes do Tamanduá, as águas já se encontram contaminadas pelo esgoto do bairro Jardim Canadá”, lamenta Ricardo, da ONG Primo.
Pneus lançados de forma clandestina, às margens da BR-040, em Fechos, contaminam os solos e as águas. Lixos domésticos e resíduos da construção civil reforçam a poluição ambiental.
“Para evitar a lenta destruição de Fechos, é necessário que cada um conheça essa área de preservação ambiental e lute por sua conservação. Esta coleta de lixo no Tamanduá foi um ato simbólico, que demonstra a necessidade de fazermos a nossa parte” diz o integrante da ONG.